29 de outubro de 2012

Azarada e bem disposta!

A M. é das pessoas mais azaradas que conheço. Azarada mas bem disposta, diga-se!
A verdade é que os pequenos desastres do seu dia-a-dia trazem MUITA boa disposição ao nosso, e isso faz com que secretamente desejemos - em tontices e não em coisas graves - que tenha sempre coisas boas como esta para contar. Visitem-na!

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Quarta-feira, enquanto falava ao telemóvel e andava na rua com dois sacos, uma mala gigante e um guarda-chuva no braço, espetei a vareta do último dentro da minha narina esquerda. Quase a senti no cérebro. Fiquei a deitar sangue. Fui ouvir a Carolina Deslandes, e jantar no feminino, com conversas que só se têm com grandes amigas, enquanto me deliciava com as batatas fritas mais gordas de Lisboa. Saí e apanhei uma molha. Entrei em versão constipada. Fui ao centro comercial no dia seguinte. Estacionei e tinha uma poça de água gigante ao lado. Descobri-a depois de tropeçar e cair de rabo, redonda no chão. Uma mulher aguenta a calçada portuguesa de saltos altos o dia inteiro, e depois deixa-se fazer a espargata para as câmaras de vigilância. Fui à procura de umas botas, não havia o meu número. E o encontro de última hora com a aranha? Nem me digam nada. Sem botas novas, fui ao armário antigo. Dentro das cinzentas estava a viver um bicho peludo de patas finas e gigantes. E eu, armada em esperta, achei por bem aproximar-me muito e ficar pasmada em frente à maior aranha que já tinha visto. Decidi, como qualquer pessoa faria (não!), tirar-lhe uma fotografia. Pois virei-me para agarrar no telefone e o animal fugiu. Escusado será dizer que tive duas noites a dormir na sala, até o meu pai ter destruído a criatura. E podia continuar. Há coisas que, ao domingo, já me escapam. Palpita-me, contudo, que este parágrafo já é perfeitamente capaz de vos elucidar relativamente à minha semana.

Depois dizem-me que não venho ao blogue e mimimi. 
Pudera.
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26 de outubro de 2012

Daquelas coisas que não consigo encaixar

Comecei o dia de hoje a fazer a ronda habitual pelos Blogs. Fui parar ao Vida de Mulher aos 40, e fui dar com este post.

Fiquei sem chão, sem estômago. A primeira coisa em que reparei é que tudo aqui é de metal, mas logo percebi que isso é apenas um pormenor irrelevante na realidade das escolas portuguesas. Quando oiço grande parte dos pais que conheço a dizer que cortaram nas suas coisas, e falo de comida, para dar aos filhos choca-me que os deixemos na escola para correr o risco de não almoçar, sem nós sequer sonharmos, porque a comida acabou. Porque se nós toleramos dietas parvas, se tantas vezes comemos uma sopa ou uma sandes ao almoço e chocapic ao jantar por pura preguiça, nem pensaremos duas vezes se tivermos de o fazer para podermos dar um prato de comida a uma criança.
De louvar a atitude dos pais que prescidem do seu tempo para vigiar as refeições, e garantir que - já que há pouca comida - todos comem pelo menos um pouco.
Mas é esta a solução? O que é que está errado neste país?! O que é que aconteceu à cabeça das pessoas, desta gente?! Enlouqueceram de vez?!? Vamos permitir que isto continue, em INSTITUIÇÕES portuguesas?

24 de outubro de 2012

ohmeudeus

Descobri MAIS um projecto para tricotar. É assim, começa o frio, as agulhas saltam de lá de cima do armário.

O ano passado foi este - MEGA - desafio:



Este ano, parece que é este. Isso e meias, que ainda estou para aprender a fazer!

PS - E isto. Mais os cachecóis que já prometi a inúmeras pessoas. Acho que vou tirar férias para tricotar :D

Why Oh Why Oh Why

Porquê, porquê, porquê... Porque é que as "lãs" que parecem mais macias, fofinhas e deliciosas têm de custar um disparate de dinheiro...?


Ando a experimentar isto e isto, para potenciais presentes de Natal - que este ano outras coisas vai ser difícil - e era tão bom que o pudesse fazer com uma lã macia macia... Enfim.. Vou tricotando os meus fios mais acessíveis, enquanto suspiro e trauteio why oh why oh why oh why, pensando numa daquelas músicas que fazem parte do nosso dia-a-dia há que tempos mas que não conseguimos lembrar-nos qual é o nome...

22 de outubro de 2012

Sobre as relações

Conhecer o D fez-me crescer em muitas coisas. Acho que nunca lhe disse isto com todas as letras, mas ele sabe que sim, e já conversámos sobre isto. Nem todas as relações têm força para vingar, que fique desde já claro isto para que não hajam confusões. Mas muitas das que têm não vingam. Porquê? Por tudo e por nada. 

Não tive muitos namorados mas os que tive deram, invariavelmente, em asneira. Não digo que tenha ficado de costas voltadas com todos no fim de tudo - vá, só ao princípio - mas deram asneira. Em quase todos os casos porque não passavam de paixões de adolescentes, noutro porque de parte a parte não soubemos ser uma relação. Posso dizer de peito cheio que não deixei de amar (e não estou a falar de namoricos que acabaram em desilusões, estou a falar daquele amor a sério, que é raro e dura para sempre) aquele que amei mesmo de verdade antes de conhecer o D. Esse amor simplesmente mudou, deixou de ser romântico para se transformar naquele sentimento bom que temos por alguém que faz parte de nós e não poderá nunca deixar de ser. Deu asneira, mas não foi da grossa. Foi mais um mess up de parte a parte, porque não tinha de ser. E ainda bem, porque apesar de depois daquilo achar que nunca mais iria aparecer ninguém assim e de o mundo ter desabado à minha volta, quase 3 anos depois o D apareceu para superar todas as expectativas. Mas voltando às asneiras: Elas deixaram marcas, nele e em mim. Marcas que eu não sei se ele alguma vez irá ultrapassar mas que eu aceitei e respeito. Marcas que me ajudam a tornar a minha relação com o D melhor. Sim, porque não é perfeito, não pode ser. Mas é como se fosse. Por causa dele, por causa de mim. Porque somos amigos, cúmplices. Porque é para ser.

Vivemos numa geração em que as pessoas não sabem arranjar o que está partido. Vivemos no século do descartável, do desistir quando é difícil. Do não era para ser. Um não era para ser que não é consciente e sim de deixa andar. Não me interpretem mal, eu própria já fui assim. Mas os dois aprendemos, juntos, que não é assim que quem cá está há mais tempo que nós ainda está junto. 

Uma relação tem de ter nas suas fundações a amizade. Sem isso, nada feito. Ela não tem de aparecer logo, constrói-se. Mas é preciso construí-la. É preciso saber dar o braço a torcer, sem tentar lembrar primeiro quem o fez da última vez. Se é difícil...? Ufa, se é. Quase sempre é ele a ceder, no seu doce coração, e a puxar-me para ao pé dele num não vale a pena estarmos assim. E eu sinto sempre vergonha de não o fazer primeiro, até porque muitas vezes é ele quem tem razão. 

É preciso encontrar uma palavra de paz, um gesto de tréguas. Se estivermos os dois chateados, abraçamos-nos, está bem? Aceno, e a verdade é que resulta. E apesar de estarmos muito aborrecidos, no momento em que a minha bochecha toca o peito dele não consigo controlar o cérebro e esboça-se um sorriso imenso e involuntário nos meus lábios. Sei que não é sempre assim tão fácil, mas amar alguém é muito mais que sorrisos, beijos e paixão. É tão, tão mais que isso, que não quero nem por nada pôr isso em risco. Por isso deixo de fora todos os sentimentos maus que surgem nos momentos mais doridos, e ele também. Porque somos um só e queridos um do outro. Porque ele é parte de mim, e nada vai fazer isso desaparecer, nunca. Porque sei que nós somos daqueles que juntos vamos chegar àquele lugar mais dentro, onde só chega quem não tem medo de naufragar.

20 de outubro de 2012

Como eu odeio arrumações...

Adoro arrumar coisas, quando me dão aqueles vipes que surgem do nada. Mas odeio ter de arrumar. Olho para a desarrumação que se acumulou nos últimos tempos, e para a roupa por lavar e passar, e dá-me logo uma indisposição, uma dor de cabeça que dá a volta ao estômago e que impossibilita a temerosa tarefa. E assim se passam os dias, atarefados e exaustivos, sem que tudo seja posto no devido lugar.
Mas o pior é quando se aproxima o dia preparado para a tarefa. Só de pensar, fico cansada. É tanta coisa, e apesar de odiar viver na confusão, benzo-me e deixo para amanhã.

18 de outubro de 2012

Expliquem-me, por favor



Eu até percebo que o Inverno quando chega traz chuva e frio, e até percebo que a chuva apareça assim de repente. Agora este frio do nada? Jesus, o que é que se passou? Parece que atiraram um mega iceberg para a atmosfera Lisboeta. O gelo é demasiado e passei de ter calor com uma t-shirt para uma camisola de lã sozinha não ser suficiente para me aquecer... E agora com a crise, como fica a compra de umas botinhas quentinhas para fazer face a este frio? É que o ano passado só trouxe umas galochas para casa e como estou, vou acabar sem dedinhos por falta de circulação!

16 de outubro de 2012

Revelações


Este post não é sobre revelações de pessoas, de verdades, nem de nenhum evento estrondosamente emocional. É mesmo sobre o serviço de revelação da Fnac que vai de mal a pior. Dantes entregávamos uma preciosa e confusa obra prima (de fotografias tiradas com uma câmara de plástico totalmente mecânica que tira fotos quadradas e às manchas com rolos passado de prazo em 2002) para revelação e recebiamos um CD vazio "porque estavam todas as fotos estragadas, sobrepostas, com manchas e desfocadas" sem qualquer pré-aviso. Hoje temos de esperar 5 dias úteis para que nos digam quando as fotos estão prontas - e apenas num CD - porque já não revelam fotos na loja e têm de ir (de certezinha que a cavalo para o Reino Mais Longe) para outro local para ser reveladas.

E depois querem que a fotografia analógica sobreviva. As máquinas digitais dão-nos fotografias quase antes de as tirarmos e estes, em vez de progredir, decidem voltar ao século mais antigo e demorar 1 semana a revelar fotos, quando nos anos 90 já se revelavam numa hora. Haja paciência.

15 de outubro de 2012

Viajar e ir de férias...



...é maravilhoso, sem dúvida. Mas retornar... Retornar dói e não é pouco! Especialmente quando estava tudo doidinho para nos encher de novidades no nosso regresso. Agora espera-se pela folga para poder desfazer a mala, e pelas festas do fim de semana.. Até lá, sonho em voltar para aqui!

11 de outubro de 2012

Andamos pelo Norte

E entre campo e cidade, há sempre alguma coisa em comum: É sempre a subir carago!
Com as férias perto do fim, ainda não estou pronta para aceitar que tenho que voltar ao trabalho. Ainda por cima ao fim de semana. Ninguém merece.

2 de outubro de 2012

Obstáculos


Esta semana tem sido cheia de obstáculos, e ainda agora começou. Ele é greves atrás de greves e atrás de greves, um dia a menos na semana e muito, muito trabalho. Tanto, que hoje cheguei tão cedo que às 9h já estava a fazer uma pausa para descansar a mioleira. Sim, que também é preciso. 
Para trás ficam as horas que me permitirão, em modo contra-relógio, chegar às merecidas férias com sensação de dever coUmprido. Iremos rumo ao norte, por serra e cidade, preencher de descanso, natureza, cultura e ar livre sete preciosos dias.